Veja os cuidados após tomar a segunda dose da vacina contra covid-19
Com a expansão do Programa de Imunização Nacional contra a Covid-19, mais pessoas têm sido imunizadas no país. Para atingir uma maior segurança em todo o território nacional, porém, é preciso entender como as vacinas funcionam e, principalmente, o que deve ser feito após a imunização. Para os programas de Segurança e Saúde do Trabalho das empresas, entender esses detalhes será essencial para garantir o bem-estar dos empregados.
De modo geral, até que se atinja a chamada imunidade de rebanho, será preciso manter todos os protocolos de segurança vigentes atualmente, pois ainda há riscos. Para explicar melhor como isso funciona, separamos as perguntas mais comuns sobre o tema, com as explicações dos órgãos de saúde mais recentes.
1. Quem teve Covid-19 pode se vacinar?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM), a proteção concedida pela doença, também chamada de imunidade natural, pode variar de pessoa para pessoa. Por se tratar de um vírus novo, não há evidências conclusivas até o momento. Como há possibilidade de reinfecção, a vacinação é recomendada independentemente do histórico médico. Para vacinar, porém, é preciso aguardar um completo reestabelecimento e um mínimo de quatro semanas após o início dos sintomas ou do primeiro resultado positivo no exame de RT-PCR.
2. Quem tomou a vacina pode pegar ou transmitir a Covid-19?
Como a eficácia da vacina não é de 100%, quem foi imunizado ainda corre risco de contrair a doença. A boa notícia é que a eficácia para casos que necessitam de internação e até mesmo para casos de média gravidade é altíssima. Dessa forma, quem tomar as duas doses recomendadas tem grande probabilidade de apresentar apenas os sintomas leves da Covid ou nem apresentar os sintomas. Porém a pessoa ainda pode transmiti-la, embora a carga viral presente no corpo seja muito menor.
3. Quanto tempo demora até a vacina fazer efeito?
Como as vacinas desencadeiam uma resposta de defesa no organismo, esse processo precisa ficar gravado no sistema imunológico para barrar novas entradas dos vírus nas células. Isso leva um tempo, que varia de acordo com o tipo de imunizante, a faixa etária e outros aspectos individuais. No caso da Coronavac, por exemplo, estudos produzidos pelo Butantan indicam que o aprendizado do sistema imunológico pode se estender até duas semanas após a aplicação da segunda dose.
4. E quanto à segurança das vacinas COVID-19, o que sabemos?
As vacinas que vêm sendo aprovadas ao redor do mundo demonstraram bom perfil de segurança, com poucos eventos adversos, a maioria leve ou moderado e resolvido em poucos dias. Os mais comuns são dor no local da injeção e febre. Cansaço, dor muscular e dor de cabeça também foram relatados, em menor frequência. Raríssimos casos de anafilaxia (alergia grave) após a vacinação aconteceram, mas todos se recuperaram plenamente. É importante destacar que a anafilaxia pode ser causada por qualquer outra vacina e por outras substâncias, como amendoim e alguns medicamentos.
As vacinas da Fiocruz/Oxford/AstraZeneca e do Instituto Butantan/Sinovac mostraram-se tão seguras quanto outras que usamos há anos. Tanto nos testes como “na prática”, poucos eventos adversos estão sendo registrados e na verdade refletem a resposta imunológica gerada pela vacina.
É preciso ter em mente que eventos inesperados sempre podem ser detectados a partir do momento em que mais pessoas são vacinadas. Por isso, o trabalho de vigilância deve ser rigoroso. De qualquer forma, esse risco é muito menor se comparado aos perigos associados à própria COVID-19.
5. Depois de vacinado, preciso continuar a usar máscara e manter distanciamento de outras pessoas?
Sim. Nenhuma vacina é 100% eficaz e não sabemos se as disponíveis até o momento são capazes de impedir a transmissão do vírus. Além disso, enquanto tivermos doses insuficientes para vacinar grande parte da população, sempre teremos pessoas vulneráveis e que poderão apresentar quadros graves da COVID-19.
6. Pode tomar outra vacina junto com a Covid, como a da gripe?
Não. A recomendação atual é respeitar um intervalo mínimo de 14 dias (antes e depois) para administração das vacinas. Se isso ocorrer por engano, a secretaria de saúde do município deve ser comunicada, pois se trata de um erro do sistema que precisa ser monitorado. Isso pode ser alterado caso dados futuros demonstrem outras indicações de segurança.
7. O que faço para me proteger até que tenha tomado a vacina?
Para se proteger, siga estas recomendações:
Proteja o nariz e a boca com máscara. Na hora de colocar ou retirar, não encoste na parte da frente da mesma: use as alças.
Fique afastado(a) pelo menos um metro e meio de outras pessoas.
Evite multidões e aglomerações.
Evite espaços mal ventilados.
Lave as mãos frequentemente ou use álcool em gel a 70⁰.
Não saia de casa se tiver algum sintoma respiratório e não visite ninguém que esteja com estes sintomas.
Proteja os idosos e cuide-se para não levar infecções para suas casas.
Para mais respostas sobre as vacinas, consulte o site da SBIM: https://sbim.org.br/covid-19/1456-perguntas-e-respostas.
Fonte: SBIM.
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